sexta-feira, 13 de março de 2009

QUIXADÁ PEDE SOCORRO




A violência talvez seja hoje o maior problema do Brasil. Apesar de estar sendo chamado de país emergente, temos uma enorme desigualdade social, um dos pilares que sustenta a violência. Nos últimos anos, ouvimos muito falar em economia, já que a população vivia a mercê da inflação, e deixou de lado a questão da segurança.

A moda agora é Segurança Pública. Com a economia mais ou menos estabilizada, as pessoas, e também os meios de comunicação mudaram o foco e estão dando ênfase aos assuntos ligados a violência. Isso porque a violência urbana chegou ao caos. Os alvos dos bandidos não são apenas as classes mais altas da sociedade. A violência agora é democrática, não importa se é rico ou pobre, preto ou branco, não há escolha. Lembro-me que a tempos atrás só ouvíamos falar em violência nas grandes cidades. Hoje a realidade é diferente. A violência atinge todo o país, inclusive cidades pequenas e pacatas.

Quixadá sempre foi considerada uma cidade tranqüila, ao ponto de em todas as ruas encontrarmos moradores reunidos em suas calçada para bater um papo até de madrugada. Hoje essa cena é rara. Cada dia mais, as pessoas estão trancafiadas dentro de casa, com medo até dos vizinhos, que muitas vezes ele nem conhece.
Era difícil acreditar que a violência chegaria tão forte por aqui também. Hoje podemos observar que muitos quixadaenses andam com medo pelas ruas da cidade. É muito fácil encontrar um amigo ou até mesmo um parente que já tenha passado por uma situação difícil.
Nossa cidade cresceu. E junto com o progresso, trazemos, também, os problemas de uma cidade grande.

As polícias Civil e Militar do estado sofrem os mesmos problemas que enfrentam outros estados brasileiros. Faltam carros, equipamentos, verbas, pessoal treinado e melhores salários para os funcionários. Essa falta de organização e investimentos fez surgir um ciclo vicioso onde cresce a cada dia, a impunidade e a corrupção.

Todos sabem que as periferias costumam ser as áreas mais perigosas em uma cidade. Em Quixadá existem bairros que sempre carregaram a fama de serem violentos. O Campo Novo (ou simplesmente Gogó da Ema) é um exemplo desses bairros. Quando acontecia algum crime na cidade, era comum ouvir alguém falar: "Só pode ser do Gogó."

O bairro levou essa fama porque a algum tempo atrás a frequência de crimes era maior do que em outros pontos da cidade. Com um trabalho social mais voltado a criança e ao adolescente, essa realidade vem mudando por lá e hoje já não é possível dizer se um bairro é mais ou menos perigoso que o outro. O certo é que a violência assola todo o nosso município.

Esperamos medidas urgentes de nossas autoridades, principalmente do Governo do Estado, no sentido de Modernizar, treinar, aparelhar e remunerar melhor a polícia, gerando nela, auto-estima. A polícia deve ser mais preventiva que repressiva.

“A única arma capaz de combater a violência é a inteligência.”
Nagib Anderáos Neto



Kristian Páscoa

Aluno do 8º semestre de Direito

Faculdade Católica Rainha do Sertão

3 comentários:

  1. Infelizmente Quixadá está pagando um preço muito caro trazido pelo progresso: a violência.

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  2. Amigos,
    eu não atribuo a assenção da violência ao progresso pelo qual Quixadá está passando. Argumento irrefutável é o fato de que há pequenas localidades, onde sequer a "coca-cola" chegou, mas, por outro lado, a maconha, a cocaína e o crack já estão presentes há tempos. O aumento das tristes estatísticas a que estamos acostumados a ouvir se deve, ao meu ver, ao abandono a que fomos entregues. O Estado nos abandonou. Quixadá é uma cidade de 70.000 habitantes. Não deveria haver uns três delegados? Não deveria haver uns vinte inspetores? Não deveria haver por turno uns cem homens no policiamento ostensivo? Não deveria haver mais que duas viaturas para a PM e uma para a Polícia Judiciária? É possível, sim, haver progresso com paz. Salvo melhor juízo, Pe. Renato Moreira de Abrantes.

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  3. Por favor, divulgue este e-mail no quadro de avisos do Diretório de Direito. Proteja o Bacharel em Direito.

    SOLUÇÃO LEGAL CONTRA EXAME DA OAB:
    • JÁ EXISTE UMA SOLUÇÃO LEGAL PARA ESTE ASSUNTO NO CONGRESSO NACIONAL, O PROJETO PLS 186/06;
    • JÁ FOI APROVADO NA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA (CCJ) EM PRIMEIRA FASE, NO CONGRESSO NACIONAL;
    • O PLS 186/06 PREVÊ A EXTINÇÃO DO EXAME OAB SUBSTITUINDO-O POR UM ESTÁGIO OBRIGATÓRIO;
    • MANDE SEU EMAIL FAVORÁVEL A ESTE PROJETO DE LEI EXTINGUINDO O EXAME OAB SUBSTITUINDO-O PELO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO, EXPONDO TAMBÉM SEUS MOTIVOS PARA: scomce@senado.gov.br dirigido ao Presidente da Comissão, e à Vice-Presidente;
    • ACOMPANHE NO SITE DA INTERNET DO SENADO FEDERAL O ANDAMENTO DO PLS 186/06;
    • ACIONE TAMBÉM SEU SENADOR (CASO NÃO TENHA, ADOTE UM DO SEU ESTADO) NESTA CAUSA, E DEPOIS QUANDO ESTE PROJETO FOR À CÃMARA PRESSIONE O SEU DEPUTADO FEDERAL (CASO NÃO TENHA ADOTE UM DE SEU ESTADO) MANDE SEU RECADO;
    • É fundamental a mobilização da sociedade estudantil de Direito, enviando cartas, e-mails, fax e telegramas ao Presidente da Comissão em questão, depois AOS SENADORES E DEPUTADOS FEDERAIS, pedindo a inclusão em pauta da proposta e APROVAÇÃO DA MESMA;
    • O Congresso Nacional se move com o rufar dos tambores das ruas. EXERÇA SEU DIREITO DE IGUALDADE A OUTRAS PROFISSÕES: O DIREITO DE TRABALHAR AO SE FORMAR;
    • DIVULGUE ESTA INFORMAÇÃO AOS SEUS COLEGAS ESTUDANTES DE DIREITO EM TODAS AS CLASSES;
    • O ANDAMENTO DESTE PLS 186/06 NÃO É DIVULGADO PELOS CURSINHOS DE ADMISSÃO NA ORDEM POR MOTIVOS ÓBVIOS.

    INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
    • PLS 186/06, de autoria do Senador Gilvam Borges (Senador em 2006, mas não reeleito), altera os artigos 8º, 58 e 84 da Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994, abolindo o Exame de Ordem, necessário à inscrição como advogado na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB);
    • Agora (Ano 2010), o referido projeto está na Comissão de Educação, Cultura e Esporte, pronto para ser apreciado;
    • A pauta de votações de plenário é decidida pela reunião de líderes de todos os partidos em conjunto com o Presidente. As pautas de votações das Comissões são decididas pelos seus presidentes.

    OUTRAS INFORMAÇÕES:

    • Atualmente há uma indústria do EXAME OAB (Cursinhos, apostilas, etc.);
    • Quem vai regular a contratação dos Advogados é o Mercado e não o exame. Caso fosse assim não teríamos conhecido a Lei da Relatividade em que seu autor um dia foi reprovado em Matemática;
    • Anos atrás caiu a obrigatoriedade de EXAME DO CRC, para aprovar os formandos em Contabilidade, isto é, já houve precedente, e o Mercado está aí funcionando normalmente, nenhum Balanço Contábil saiu errado, etc, etc;
    • Toda profissão é necessária ter um estágio. Por exemplo, existe a Residência Médica para o médico, o estágio Trainee para o Engenheiro, o estágio para o Técnico de Segurança e assim por diante;
    • O que não pode, é um jovem formar-se Bacharel, e não poder trabalhar, enquanto que seu colega formado em outra profissão começou a trabalhar, “tocando a vida”, e ainda eventualmente chamando o colega Bacharel de “burro, incompetente” por não ter passado no exame da OAB;
    • Por favor, derrubem esta lei INCONSTITUCIONAL e DISCRIMINATÓRIA que desestimula o jovem formando em Bacharel.

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